Dados do Eurostat mostram que foi na Suécia que se registou, em 2019, uma maior percentagem de residentes estrangeiros a conseguirem adquirir a cidadania nacional. Portugal ficou atrás da Roménia.
Portugal foi, em 2019, o terceiro país da União Europeia com maior percentagem de pessoas a conseguirem adquirir a cidadania nacional em proporção do número total de residentes estrangeiros em cada país. De acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Eurostat, Portugal fica bem acima da média da União Europeia no que toca a este indicador.
Assim, em Portugal, cerca de 4,4% dos residentes estrangeiros a residirem no país conseguiram obter a nacionalidade portuguesa nesse mesmo ano, percentagem que supera a de 2,0% registada na globalidade da União Europeia. Com uma taxa de naturalização superior a Portugal apenas existem a Suécia (7,0%) e a Roménia (4,7%).
Do lado oposto da tabela encontram-se, dentro da União Europeia, a Lituânia, a Dinamarca e a Estónia. Se no último destes três países apenas 0,4% dos residentes estrangeiros conseguiram obter a cidadania do país em 2019, esse valor é ainda mais baixo na Dinamarca e na Lituânia (ambos com 0,3%).
Os dados divulgados esta segunda-feira mostram ainda que, no mesmo ano e considerando aqueles que não detinham nacionalidade de um país da União Europeia, os marroquinos foram os principais beneficiados, com 9% dos indivíduos que conseguiram receber a cidadania de um qualquer Estado-membro do bloco europeu a serem dessa mesma nacionalidade.
Seguem-se, a estes, os albaneses (6%) e os britânicos (4%). Já os brasileiros, na sétima posição deste ranking (3%), veem Portugal e Itália como os países que lhes oferecem uma maior taxa de naturalização, com 73% dos indivíduos nascidos no Brasil a terem adquirido a cidadania de um destes dois Estados-membros.
Por outro lado, os romenos (26.600 pessoas), os polacos (12.600) e os italianos (8 700) continuaram a ser os três maiores grupos de cidadãos da União Europeia a conseguirem adquirir a cidadania de um outro Estado-Membro – à semelhança do que aconteceu em 2018.
Os dados divulgados pelo Eurostat mostram ainda que, no ano em causa e dentro da União Europeia, a maioria das novas cidadanias foi concedida pela Alemanha (19% do total), por Itália (18%) e por França (16%).
Fonte: eco.sapo.pt – 15/03/2021
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